sábado, 16 de maio de 2009

COMO DE COSTUME


Acordava repentinamente como de costume na hora certa sem precisar de despertador ,saia do calor e da protecção do seu quarto,do seu mundo para entrar num mundo que cada dia conhecia menos,por que ao mesmo tempo se conhecia mais....e enquanto mais percebia o que tinha la fora mais queria se sentir protegida la dentro...não!ela não tinha síndrome do pânico nei depressão,Ela amava a sua existência porem entendia a fragilidade dela,a fragilidade do mundo material,Ela não queria mais escrever simples poesias,ela queria escrever se descobrindo,Sentia que o viver se tornava uma experiência fundamental,Ela não queria mais televisão,pois estava muito ocupada com espectáculo da vida ,com as descobertas,estava actuando no seu próprio filme num papel principal que poderia se assumir por completo,era julgada ou admirada como uma verdadeira actriz,mais nada disso lhe importava,a única voz que lhe importava era aquela que falava dentro dela,aquela que não a fazia perder seu valioso tempo,com relógios despertador,televisão,conversas fúteis com pessoas mais fúteis ainda,estava compreendendo ela a importância do seu tempo,e também já não queria tomar o tempo de ninguém,queria que as pessoas a o seu redor percebessem o que estava vendo,porem se desiludiu ao ver que era inútil,falar ao vento...todos tem seu tempo...e alguns nunca o terão por que não querem esse tempo..-penso com certa tristeza por estar praticamente sozinha entre as pessoas que conhecia...mais feliz por não ser igual a imensa maioria...no caminho do tempo que não conhecemos,anos luz daqui pode haver algo comum com nos, uma ponte de ligação com o verdadeiro,poderia estar mais perto desse lugar,o fato é que ainda sonhava,o fato é que ainda pensava....o fato é que já não sabia, Por que muito sabia e sabendo esqueceu-se de si.